Me vesti de xadrez como Neil Young. Venerei a música como Eddie Vedder. Me despi no palco como Kurt Cobain. E daí?
Um eco na rua grita: "Lobotomy. Lobotomy."
Fui até a janela. Era um carro com a porta aberta. Um excelente momento de música chicoteando a noite de Moema. Diferente dos sons de techno, feitos para se ouvir em efeito doppler. Era um carro parado. E a música soava como se deve nos décimos andares: "Lobotomy. Lobotomy."
E plam! Carro fechou. Ficou silêncio.
Quebrado pelos ruídos dos gatos. Patas e pequenos sinos.
E a música voltou.
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